quarta-feira, 28 de março de 2018

A SOBREVIVENCIA COMO ERA

    Não era muito diferente de hoje, em alguns quesitos já que a vida no interior não tem muitas oportunidades, a pesca sempre foi a maios fonte de renda, o povo vive conforme os meios deixados pelo criador, da pesca,ja viveram bastante da caça, mas hoje já não é mais possível viver da caça, e alguns produzem para consumir, só que esta meio difícil viver da plantação, a chuva não se sabe mais quando vamos ter um ano bom de plantio, essa pratica ja não se faz mais tanto presente no meio de nossa população.Mas vamos de mais um momento de informação que colhi com o Sr. Antônio de Frito, que decidi colocar nesse tópico, sobre a economia do Povoado.
Bem, o Senhor Antônio de Frito chegou a me falar sobre uma embarcação que teve, seu nome era Candelária, foi comprada a um cara de Pão de Açúcar a baixo, a canoa era de Penedo, e seu canoeiro era Nôzinho, morador dos Espinhos, ou Caiçaras, não lembra ao certo.
Luis seu irmão também era canoeiro, outro canoeiro de Bonsucesso, era o finado Damião e Ferbone.(um tio do meu pai).
- O Sr. Antônio de Frito afirma: Eu nunca quis nada de ninguém, esse pecado a Deus eu não devo.Nessa parte da conversa ele começa a falar um pouco do que eles transportavam nas suas respectivas embarcações, o finado, Mestre Dedé, vendia algodão em Pão de Açúcar e levava na Candelária.
Nos fala que trabalhou muito para Edgar, das Terras dos Patos, de Saco Grande até Curralinho, no Pai José( um Morro perto de Curralinho) tudo era de Edgar.
_ Trabalhei para ele, de 1951, ate quando Artur ganhou em 1955, foi quando eu deixei de trabalhar pra Edgar, ai eu fui trabalhar em Nossa Senhora da Glória, na fazenda do Sr. Adalberto, daí pra cá Edgar que tinha 26 fazendas de gado, aos poucos foi acabando todas.
tenho lembrança de algumas delas que são:
1. Olho d´água;
2. Cururu;
3. Pedra Grande;
4. Patos;
5. Serrote do João;
6. Barra da Onça;
7. Capim;
8. Cajueiro;
9. Jeremataia;
10. Curralinho Velho que era uma fazenda.
As outras não lembro mais não.
Edgar vendia Sulipa em todas as suas fazendas.Essa Igreja de Bonsucesso quem fez foi Sinharinha.




Conversas com moradores.

Cicero Pereira Pinto

Em dezembro de 2014, tive uma conversa com o senhor Ciço Pinto, como era conhecido por todos, e ele começou a contar-me coisas da sua vida passada, eu senti nele uma felicidade enorme em estar compartilhando aquela história tao linda e emocionante. Falava-me do seu casamento.
tinha casado em uma festa de Janeiro, do Co- Padroeiro São Sebastião, o Padre que celebrou seu casamento foi o Padre Daço, ele me falava vagamente que o ano parecia ter sido em 1957, me confidenciou que o Padre era muito valente.(Não cheguei a perguntar o motivo, ate me arrependo, mas enfim).
segundo ele seu filho Edemilton (também estava presente na hora ), com 13 anos de idade por ai, ainda caminhava para o Povoado e brincava muito na casa de Edgar, que ja era aqui no Povoado e não mais no Casarão, pois a casa de Edgar era a acasa que hoje pertence as irmãs Candinhas.
só para constar, Edemilton é do ano d 199, e que o Sr. Ciço Pinto era morador de Curralinho.

Ps:Sei que hoje ja na esta mais presente em nosso meio, aproveito para agradecer e dizer que seu momento de lembranças ficara guardado para eternidade, obrigado por compartilhar conosco.