quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Pedaços da eternidade

Pedaços da eternidade se depender de mim.


Não sei o por que me encarreguei dessa difícil missão falar das dolorosas perdas que tivemos aqui no Povoado Bonsucesso,  no final de 2016.
Começarei pela maior dor que tive com a perda do meu avô paterno,  a quem chamávamos de pai Júlio,  (seus netos o chamavam assim),meu vô era cego há mais de 15 anos, já fiz algumas pastagens sobre ele aqui no blog.Ele nos deixou no dia 06 de Outubro de 2016, mas , para ele que se encontrava acamado, desde que quebrou o femo, não tinha mais como reverter,  era triste vê-lo daquele jeito,  sofremos,  mas o entregamos a Deus com todo amor que tínhamos no peito,  pois sabemos que agora o senhor ele está bem.
Com um mês do falecimento do meu vô Júlio,  perdemos um outro grande homem,  ainda não entendo como aconteceu rápido, eu não estava no Povoado,  meu pai me deu a notícia por telefone, seu amigo, companheiro de seção havia falecido,  o Tenente Edmundo...Fico até sem palavras, já estava com o coração em pedaços,  então ele despedaçou ainda mais.
O Tenente chegava na casa do meu pai a noite quando estávamos sentados na calçada,  e sempre perguntava pra minha mãe  que é portadora de insuficiência renal crônica.
_Como vai Dede?
-Ela sempre respondia: -Vivendo e achando bom.
Não esqueço disso por que aparentemente,  ele também estava bem,mas, senhor não estou aqui para questionar nada.
Passado mais uma semana desse acontecido,  se recuperando de uma cirurgia inesperadamente,  quando estava voltando do trabalho vi um amontoado de gente na casa de Dona Olga, (como era conhecida no Povoado), a antiga parteira  que atualmente era a voz de ouro da nossa pequena capela.
Poucos minutos depois, havia falecido...
O que é que has Bonsucesso,  falava o Padre Padre Mario César. Há essa altura o nosso coração já estava nas mãos a ponto de explodir a qualquer movimento. Nos últimos meses ela havia se aproximado muito do meu pai, pois como era a responsável pela ambulância,  ou pelo da saúde aqui do Povoado e minha mãe vivia sempre precisando do transporte.
Bem acho que já me estendi muito no texto,  só que não mencionei a perda do Manoel do Leite,  o morador mais antigo do Povoado, que em Janeiro completaria 101 ano de vida, não deu para esperar e ele também acabou partindo no final de 2016, como sabemos a nossa hora final não está em nossas mãos.
Obrigado Senhor Manoel do Leite pelas inúmeras contribuições deixadas para o resgate dessa história adormecida que resgatei com o senhor.
2016 não queria mesmo terminar e nos levou mais um dos nossos,  esse também levava sua vida toda a cuidar da Nossa pequena Capela, por muitos anos foi assim, dessa vez foi Valdir, o filho da finada Agda, vizinho dos meus pais, pessoa conhecida por todos por terem um coração enorme.
Infelizmente esse texto é carregado de dor , mas também traz um pouco de cada um deles que fizeram e farão sempre parte da nossas vidas.












E hoje acordei com a triste notícia do falecimento de mais um conterrâneo,  contador de muitas histórias sobre o Povoado,  nessa madrugada por volta das 2 horas da madrugada, nos deixa agora para entrar na vida eterna. 
26/05/2017
Saudades eternas Eronildes.