segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Memorias de Bonsucesso.

 Para mim, todos os moradores que passaram pela história de Bonsucesso, seja diretamente ou indiretamente são importantes e merecem o devido reconhecimento.E o que me toca profundamente é o fato de que nós fazemos parte de um passado escravocrata sim, e merecemos conhecer nossas origens, apesar da dificuldade que serão muita, buscarei todos os recursos que estiverem ao meu alcance, inclusive conto com a ajuda de um possível leitor que por acaso se identifique com algum conhecido, e tiver interesse em ajudar ficarei feliz.
o simples fato de ter trabalhado mais próximo dessas pessoas, vendo o dia a dia, ouvindo suas história e reclamações,me mobilizou bastante, foram dois anos e seis meses visitando moradores da localidade, foi como se tivesse juntado a fome com a vontade de comer.Sempre que chegava e naturalmente eles começavam a me contar sobre o passado, de como era antigamente, para mim foi uma benção divina.
Tenho muito orgulho e alegria de estar escrevendo esse texto, por que aprendi a trabalhar com memorias, isso é o que mais tenho feito ultimamente.

Aproveito para apresentar para a comunidade e para o mundo esse Senhor de Chapéu preto que esta sentado em um banco na frente da pequena igreja do Povoado.O ano em que essa foto foi tirada não sei, talvez encontre alguém que saiba, talvez ate o fotografo mas esse senhor foi um grande contador de história, viveu de perto a passagem de Lampião aqui no Povoado,como a historia do cangaço em nosso Município de deu por volta dos anos de 1930, possivelmente Bonsucesso era apenas uma fazenda.





Dona Jisus,  como era conhecida por todos nós. 



A Senhora Chiquinha, era uma ótima costureira








Marieta na Esperança, jogando milho para as galinhas.






Barbadinho






Nossa querida Dagraça.








Afinal de contas me pergunto, por que é que eu amo tanto esse lugar.


Tem algo em mim que não consigo entender, ao rever essas imagens esse povo, me sinto tão fixada que não tenho expressão para demonstrar o tamanho do meu sentimento, imagine só estar por dentro de toda essa história, como isso me deixaria feliz.e ate o momento o que sei é pouco, mas tenho a certeza que estou no caminho certo, tenho apenas que me dedicar mais, já que essa é sem sombra de duvidas a minha grande realização.
Sera que é por que sei que no fundo, os primeiro moradores foram meus familiares?
Tá aqui essa raiz que tanto falo.
 Nessa foto temos minha falecida vó, que era da segunda geração dos Mamedios, e seu irmão Tio Macena, no meio sua cunhada que nao deixa de ser parte da história. Que todos descansem na paz do Senhor.
Tio Macena, Marieta e minha Vó, Dona Dina(In memória )












Isabel dos Santos.
Manoel Campim, irmão de minha mãe.
Minha querida vozinha, a mãe do meu Pai.